Blame - 33º Capítulo

08:47 AM

Ao olhar-se no espelho, Zayn não conseguiu reconhecer-se. Pegou-se pensando em tudo o que acontecera em sua vida. Pessoas a criticar-lhe e inventando rumores, estes que não condiziam com a realidade. As portas de seu quarto se abriram e ele pode ver Maria entrando. Ele sorriu.

- Menino Zayn, não vai descer? - Perguntou.

- Claro, mas tenho que resolver algumas coisas por aqui antes. - Disse gentil.

- Estarei na cozinha caso precise. - Ele apenas assentiu.

Ouviu "The Kids Aren't Alright" tocar. Alguém o ligara. Hesitou um pouco em atender. Mas deixou-se levar.

- Zayn? - Pode ouvir uma voz rouca chamar seu nome.

- Malik. - Corrigiu quem quer que fosse. - Qual o motivo da ligação?

- Ah, então não sou considerado seu amigo. - Debochou a voz do outro lado da linha.

- Ah, oi, Logan. Não vi quem estava ligando. - Deu-lhe uma desculpa. - O que houve?

- Preciso de sua ajuda. - Disse por fim.

09:14 AM

Ela tentava cada vez mais processar as palavras que havia ouvido em plena madrugada. Mas era impossível. Queria gritar para o mundo o quando estava magoada. Não ficaria calada. Não agora.

Pegou a chave de seu carro e dirigiu até o Richmond Park, esta hora da manhã estaria pouco movimentado. Snow Patrol tocava. Aquela era uma banda que ela amava. Desde sempre. E as suas melodias nunca fizeram tanto sentido. 

Ao chegar, vai até um, de vários, banco branco que havia naquele lugar. Sentou-se e apertou com força os braços. Como se pudesse descontar todas as suas dores ali, dores excruciantes. Logo, sua memória volta á um momento que ela desejou poder esquecer.

Duas batidas na porta. Andrew. Ela levantou-se e caminhou lentamente, em seguida abriu a porta. Pode vê-lo sorrindo. Aquele sorriso que tanto amava. E que veria pela última vez. Ele tirou do bolso de sua calça preta um papel. Entregou-o para a moça que assistia atentamente cada movimento seu, desejava memorizar cada detalhe de seu corpo. 

- Não há tempo para bilhetes. - Ela deixou o papel na bancada. Andrew a olha triste com a atitude. Mas logo depois tenta disfarçar com um sorriso tímido. - Já está na hora? - Ela perguntou com aflição. 

Ele apenas assente. Eles se direcionaram até o carro do rapaz que estava do lado de fora da casa. Logo, ela pode ver ele movimentar-se. Ele pode sentir a brisa do mar, e seu cheiro absolutamente inconfundível. Dez minutos depois eles chegaram até o aeroporto. Faltavam apenas quinze minutos para o rapaz deixar a cidade. 

- Eu vou sentir sua falta. - Ele disse com um sussurro nos ouvidos da moça.

- Eu também vou, Andrew. - Disse encostando sua cabeça no ombro do rapaz. Ele passa a mão por seus cabelos castanhos escuros. E sorri. Sem motivo algum.

- Juntos? - Ele olhou-a nos olhos com esperança de que ela pudesse encontrar o verdadeiro sentido daquela palavra.

- Sempre. - Ela respondeu. Por fim, ele beijou sua testa carinhosamente.

"Eu te amo" ele movimentou os lábios sem som. Mas ela não prestou atenção. Mais uma vez. Era estupidez pensar que a moça poderia sentir o mesmo. Mas ele não estava pronto para desistir. Não queria. E nem ia. Bem, era isso que ela pensara.

...

Então, ela voltou a sua casa, e pode ler o bilhete que Andrew havia deixado. Um sentimento estranho apoderou-se de sí. Culpa e nostalgia. Ela releu mais de cinco vezes em busca da certeza das palavras do rapaz.

"Oi, baixinha. Espero que você esteja sozinha agora. Te conheço bem e sei que você não leu na minha frente. O que eu gostaria que tivesse feito. Queria poder ver sua reação. Não deve ter sido uma das melhores, não é? Bem, você provavelmente não vai lembrar, mas uma vez me perguntou do que eu tinha medo. E eu te respondi que não tinha certeza, mas eu tinha. O meu maior medo, era perder você. E olha só, eu consegui. Nunca fui muito bom com palavras, então vou deixar os outros descreverem exatamente o que sinto, mas não ficarei mais calado. 

'Me acostumei tanto a pensar em você, que quando não penso parece que esqueci alguma coisa em casa. Tem gente que me irrita fácil, tem gente que me faz bem fácil, e tem você, que faz os dois. Desculpa se te liguei, é que esqueci de fingir que não estou nem aí. Das coisas que gosto, você é a que eu menos gosto de gostar', Soulstripper.

Eu só queria terminar essa carta dizendo que eu te amo, Carther. De verdade. E sempre vou te amar,

O seu And"

- Como eu pude ser tão estúpida? - Gritou - Eu me deixei levar achando que aquele "Eu te amo" era de amizade. E eu cultivei o amor que sentia por você calada, mas ele foi morrendo, assim, aos poucos, até eu saber que você também me amava. - Sussurrou como se aquele fosse um segredo. E dos grandes.

06:31 PM

- Louis, visita pra você. - Anne disse doce. O rapaz assentiu e foi até a porta. Mas ele não esperava ser ela. Seu coração foi parando aos poucos e a angústia invadiu cada parte de seu ser.

- Louis! Você continua o mesmo! - Disse a moça.

E aí, meninas? Desculpem pelo sumiço, mal venho entrado no computador esses dias, e juntando isso com as festas de fim de ano... Entendem? Enfim, não respondi os comentários do post anterior porque eu simplesmente não sabia o que dizer com todo esse amor. Desculpem por esse capítulo lixo. Mas vamos as perguntas... QUE LIGAÇÃO BAFÔNICA ESSA QUE O ZAYN RECEBEU! O que acharam sobre ela? E sobre o Andrew? E sobre o "bilhete" (que mais parecia carta) que ele escreveu? E por fim, quem era essa moça que mexeu com o Lou? Beijundas :*