quarta-feira, 16 de abril de 2014

More Than Friends - 72º Capítulo + Melissa's POV

READY FOR ABDUCTION | via Tumblr

- Vocês brigaram ou é impressão minha? - o Niall perguntou quando entramos no carro.
- Talvez. - dei de ombros.
- Amy me perguntou se tem alguma coisa rolando entre você e o Harry, o que eu respondo? - Jenna me perguntou, com seu celular em mãos.
- Fala que ele é gay. - eu disse e o Niall gargalhou.
Se tem uma coisa que eu nunca vou me cansar é da gargalhada do Niall.
- Gente, vamos passar no drive thru do McDonald's? Eu estou com muita fome! - a Jenna disse. É, eu também estou com fome.
- Tudo bem para você, Mel? - o Niall perguntou.
- Sim, sim. - eu disse e ele mudou a rota.
Dois minutos e já estávamos na fila do drive thru. Vamos combinar que filas do McDonald's não são de Deus.
Peguei meu celular, sorri ao ver a foto de bloqueio e desbloqueei. Decidi conversar com aqueles idiotas dos meus ídolos.

Mel: heeeeeeeeey
Nathan: Melissitaaaaaaaaa - eu amo quando o Nathan me chama de Melissita.
Siva: depois eu que sou o doente da banda...
Tom: Meeeeeeeeeeeeel, minha vida, você sumiu!!!
Max: oieeeeeeeeeeeeeeeee
Jay: O BRILHO DA CONVERSA CHEGOU!
Mel: sim, eu cheguei, querido. Se acalme
Jay: ¬¬
Nathan: agora, só para a Melissita, aqui vai uma palhinha do banho do Tom. - e mandou um vídeo.
Mel: Nathan, você precisa de Jesus na sua vida
Nathan: assiste, nada inapropriado huahauhauahuaha

Iniciei o vídeo e comecei a rir a partir do momento que o Nathan apareceu ao lado de uma banheira com um dinossauro na mão esquerda e uma esponja na mão direita. "Nathan, o que você tá fazendo?", escutei Ariana dizer, mas ela não apareceu na frente da câmera. "Dando banho no Tom", Nathan respondeu naturalmente e o vídeo acabou. Ok, eu vou morrer de rir.
Eu recuperei o fôlego e vi que Niall e Jenna me olhavam.
- O que você estava vendo aí? - Niall perguntou curioso.
- O Tom tomando banho. - eu respondi e ri novamente.
- Pornô? Esses caras te mandam pornografia? - Jenna perguntou incrédula e eu revirei os olhos.
- Claro que não, jega. Olha só. - eu mostrei o vídeo para o Niall e para a Jenna e eles me olharam como se eu tivesse sérios problemas mentais.

Mel: SOCORRO KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Tom: ha-ha-ha
Jay: essa foi boa kalsjaklsjalksjkalsjkalsjkals
Max: huahauhauhauahuah Nathan definitivamente não presta
Siva: depois dessa, vou me retirar para dormir
Mel: boa noite, Siva, sonhe comigo
Nathan: genteeeeeeeeeeee, quando eu era menor, meus amigos tinham apelidos de animais, tipo "porco", "rato", "macaco", "cachorro", etc. Vamos nos nomear também? Só que por comida?
Tom: você vai ser chuchu
Mel: kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk chuchu é ruim para caralho!
Nathan: beleza, eu sou chuchu, um chuchuzinho huhuahauahuahauhauahuahauhau
Max: o Tom vai ser TOMate kaskaskasaksaksaksaksask
Jay: nossa, Max, TÃO ENGRAÇADO QUE COLOQUEI NO CAPS
Nathan: a Melissita vai ser bolinho de arroz <3
Mel: bolinho de arroz <3 Max será berinjela
Max: eca, berinjela é ruim.
Nathan: e chuchu é muito bom. O Jay poderia ser almôndega
Tom: Siva pode ser nabo
Mel: como você transforma uma pessoa gostosa como o Siva numa coisa tão ruim como nabo? P.S.: apaguem essa mensagem.
Nathan: APAGAR? KKKKKKKKKKKKKKKKKK SERIA UMA PENA SE ALGUÉM POSTASSE!
Mel: NÃO FAZ ISSO, CARALHO!
Nathan: leeeeembra quando você postou um print da gente cantando what makes you beautiful??? O FEITIÇO VIROOOOOOOOOOOOU
Mel: não, Nate, é sério! Por favor!
Nathan: me dá um motivo muito bom para não postar.
Mel: você vai estragar meus esquemas com um cara aí...
Max: que cara, senhorita?
Tom: opa, opa, opa, quem é o marmanjo?
Nathan: dependendo do cara, eu não posto. Quero nomes.
Mel: Noé
Tom: kkkkkkkkkkk o cara se chama Noé? Ele tem uma arca?
Mel: Noé da sua conta, 2bjs
Tom: POSTA, NATHAN!
Nathan: dessa vez, mas SÓ DESSA VEZ eu vou deixar passar!! Diz nome, vai
Mel: opaaa, chegou minha vez no drive thru!! Beeeeeijos

Bloqueei meu celular e fiz meu pedido, juntamente com Niall e Jenna.
Esperamos até que nos entregaram e Niall pagou.
Cerca de quatro minutos depois, estávamos no apartamento. Eles subiram também, pegaram umas coisas da Jenna e foram embora.
Eu comi meu lanche, no silêncio da casa. Ao terminar, fui para o quarto, peguei uma toalha. Segui para o banheiro e fiquei cerca de meia hora no chuveiro.
Voltei para o quarto e me arrumei para dormir. Fechei a porta do quarto, as janelas e deitei.
Respirei fundo e, do nada, bateu uma saudade imensa dos meus pais. Eu sempre tenho saudade deles, mas às vezes ela aperta. Ainda mais por lembrar que amanhã farão cinco anos desde a morte deles.
Fiquei olhando para o teto do quarto e lembrando de todas as coisas boas. E ruins também, claro. Mas quando eu chego no fatídico dia que eles morreram, eu desabo.

FLASHBACK ON
Era um dia chuvoso, Virginia inteira estava em estado de atenção, as ruas já estavam cheias, muitas pessoas perderam suas casas para o temporal.
- Papai, o senhor não foi trabalhar? - eu perguntei ao descer e encontrar meus pais e meu irmão tomando café da manhã. Cissa, minha empregada, estava pondo a mesa. Eu corri e o abracei.
- Não, querida, eu vou fazer plantão hoje à noite.
Eu sorri e peguei o leite e procurei pelas nozes na mesa. Leite com nozes é a melhor coisa já inventada.
- Cissa, tem nozes? - eu perguntei olhando pela mesa.
- Não, acabou ontem e não deu para sair para comprar. - Cissa respondeu e acariciou meu rosto.
- Eu não consigo tomar leite sem nozes. - reclamei.
- Deixa de frescura, Melissa. Tem gente que não tem nem leite e você tá reclamando. - Peter disse e eu mostrei a língua para ele.
- Que bonito de se dizer, meu filho. Eu e o pai de vocês iremos comprar, feliz? - minha mãe perguntou sorrindo e eu sorri.
- Melissa, você vai mesmo fazer eles saírem só para comprar nozes? - o Peter perguntou com as sobrancelhas erguidas.
- Tudo bem, Peter. - meu pai e minha mãe levantaram. Meu pai beijou minha testa e a de Peter, mamãe fez o mesmo.
- Não implique com sua irmã, eu já volto. - ele disse para o Peter.
- Eu amo vocês. - mamãe disse e os dois saíram.
Minutos se passaram, uma hora, duas horas... e alguém tocou a campainha.
- Mel, abre a porta, por favor. - Cissa me pediu, pois estava ajudando Peter com uma matéria que ele não havia entendido.
Levantei e abri a porta. Era um cara alto, porém gordinho, com uma expressão debatida, era um policial. Ele me olhou com pena e perguntou:
- Tem algum adulto na casa?
- Tem sim, vou chamá-la. - eu disse e fui até a mesa.
- Quem era, Mel? - Cissa perguntou.
- É um policial, ele quer falar com você. - eu respondi e Cissa estranhou, mas foi até lá.
Sentei no sofá e voltei a assistir o programa da Ellen DeGeneres.
Minutos depois, Cissa apareceu com os olhos vermelhos. Ela chamou Peter para o sofá também, abaixou a TV e começou a falar:
- Os pais de vocês saíram e... bom... a rodovia estava um pouco alagada e havia um caminhão na via contrária. O caminhão perdeu a direção e... - ela disse, voltando a chorar. Não, não pode ser!
- NÃO! - Peter gritou. - DIZ QUE ELES ESTÃO BEM! CISSA, DIZ! - Peter começou a chorar e levantou, começou a andar de um lado para o outro.
- Eles não resistiram, me desculpe. - a Cissa disse e eu senti todo o meu corpo parando de funcionar. Minha cabeça estava doendo, eu só conseguia sentir lágrimas e mais lágrimas descendo. Eu nunca mais os verei?
- É CULPA SUA! ELES NÃO TERIAM SAÍDO SE VOCÊ NÃO FOSSE TÃO MIMADA! - o Peter gritou e eu comecei a soluçar.
- Não, não... - eu repetia baixinho.
- Peter! Não foi culpa dela, não foi culpa de ninguém! - Cissa o repreendeu. - Não tem como evitar isso.
- E Deus? Se ele existe mesmo, por que não protegeu meus pais? - Peter disse nervoso.
- Deus existe, Peter! Ele vai ajudar vocês dois a seguir em frente.
- Seguir em frente? Ele não pôde nem salvar meus pais, acha mesmo que ele pode me ajudar em alguma coisa? - o Peter disse e sentou novamente.
Algo em minha cabeça dizia que ficaria tudo bem, que Deus nos ajudaria, que minha mãe e meu pai sempre estariam lá, olhando por mim. Mas eu me lembrava que eu nunca mais os veria, nunca mais os abraçaria e sentia meu coração apertar.

Anoiteceu e nossa avó foi cuidar da gente, pois Cissa teve que ir embora.
Eu havia deitado na minha cama e voltei a chorar, chorava como se isso fosse tirar a tristeza que eu estava sentindo.
Escutei passos adentrarem meu quarto e vi Peter fechar a porta. Ele veio até minha cama e eu sentei.
- Me desculpa, eu sei que não foi sua culpa. Eu só não consigo acreditar que eles... - ele disse e voltou a chorar. Eu o abracei, ainda chorando e ele retribuiu.
- Foi minha culpa sim. - eu o soltei.
- Não foi, não podemos evitar isso, você sabe.
- Eles não teriam saído, Peter. Não podemos evitar, mas podemos retardar.
- Mel, não se sinta culpada por isso. Daqui para frente, você pode contar comigo para tudo! Seremos nós dois, para sempre!
- Eu te amo. - eu o abracei novamente e continuamos chorando. Ele se deitou comigo e dormimos abraçados.
FLASHBACK OFF

Não percebi, mas já estava soluçando.
O sentimento de culpa me persegue até hoje, talvez se eu fosse menos mimada isso não aconteceria.
Comecei a sentir calafrios por meu corpo e palpitações no meu coração.
Num momento irracional, disquei os primeiros números que me vieram a cabeça e a pessoa demorou um pouco para atender.

LIGAÇÃO ON
- Alô?! - Harry disse com a voz rouca e eu tentei falar, mas solucei. - Mel? Você tá chorando?
- Eles... por minha culpa, Harry. Eu... eu não queria, eu juro! - eu não conseguia falar muita coisa.
- Eles o que por sua culpa? - ele perguntou confuso.
- Eles... morreram, se eu não fosse tão mimada!
- Eles quem?
- Os... meus pais.
- Onde você tá?
- Em... em casa.
- Já, já eu chego aí, você vai ficar bem?
- Não, eu não quero que você venha. Se acontecer alguma coisa com você... eu nunca...
- Ei, não vai acontecer nada comigo! Em 20 minutos estarei aí.
- Eu te amo.
- Eu também, princesa. - eu encerrei a chamada.
LIGAÇÃO OFF

Levantei e comecei a procurar pelo meu calmante/antidepressivo, que eu deixo guardado para casos como esse. Peguei-o na gaveta e fui até a cozinha, ainda chorando. Enchi um copo de água e tomei 3 comprimidos. Coloquei a cartela do remédio no armário e bebi mais um copo de água, mas estava tremendo muito.
A campainha tocou repetidamente e eu coloquei o copo na pia. Foi difícil girar a chave, pois eu estava tremendo demais.
Ao abrir, me deparei com Harry que me abraçou. Eu retribuí e assim ficamos por bons minutos. Eu o soltei e ele fechou a porta. Fomos para o quarto e eu sentei na cama. Ele ficou na minha frente me olhando, esperando que eu dissesse algo. Eu ainda estava chorando demais.
- Amanhã fazem 5 anos que meus pais... eu lembro... estava chovendo muito e meus pais não iam trabalhar, eu e Peter estávamos de férias... eu... eu sempre tomava leite com nozes no café da manhã... só que as nozes haviam acabado e eu falei que queria. Eles falaram que iam comprar. Eles saíram e... horas depois... - eu comecei a soluçar.
- Se você não quiser continuar eu entendo. - o Harry disse e eu balancei a cabeça.
- Não... tudo bem. Horas depois, um policial apareceu... e ele falou com a minha empregada. Ela voltou e nos contou... que havia um... um caminhão na pista contrária, a pista estava molhada e que... que eles não resistiram. Eu... não sabia como seria minha vida dali para frente... sem os meus pais. Foi o pior ano da minha vida. Minhas notas caíram, eu entrei em depressão, perdi a maioria dos meus amigos, fui expulsa de umas três escolas e sofria bullying por ser a órfã. Eu não tinha uma... uma pessoa que me fizesse pensar que valeria a pena ficar viva por ela. Eu tinha o Peter que me ajudava muito, ele era o único que sabia o que eu estava sentindo. Mas ele tinha mais pessoas que sempre estariam lá com ele. Seus amigos, sua namorada... no dia do meu 14º aniversário, ele me perguntou o que eu achava de ir embora dali... esquecer toda a tristeza que aquele lugar já havia nos causado e... eu aceitei. Viemos, só nós dois, para Londres. Foi difícil se adaptar com novas pessoas, nova escola, novos amigos. Eu conheci muitas pessoas aqui que... eu nunca vou me esquecer. Elas me ajudaram, mesmo sabendo que eu era só uma órfã. Eles me amaram... me fizeram sorrir de novo. E eu conheci você... você me fez feliz, você me ajudou sem me conhecer direito... você me amou, como ninguém nunca havia feito antes. Agora eu consigo pensar em... como aquelas coisas ruins que aconteceram após... a morte dos meus pais me ajudaram. Se não fosse aquilo tudo, eu não teria você aqui comigo agora. Você é o meu maior motivo para viver, o único talvez. Agora eu sei que eu tenho uma pessoa para me apoiar quando eu precisar. Só... por favor... não me decepciona. Eu te amo mais que tudo!
Eu ainda estava chorando muito e Harry me abraçou. Ele deitou e eu coloquei minha cabeça em seu peito.
- Você pode confiar em mim! - ele beijou minha testa e eu senti meus olhos pesarem.

Gostaram? Muito amorzinho esse final!! Bjbj e bom feriado!!!

4 comentários:

  1. Aaaaahhhhhhh mdsssssss to chorea do aqui!! T-T T-T T-T
    Eu nem sei o q dizer -.-
    Meu emocional ta tao abalado c esse cap -.-
    Ahhhh fico divo como sempre
    Quando vc acha q continua?
    Bjs
    Isa

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    1. Esse também me deixou assim :/
      Obrigada :)
      Daqui a pouco, se eu continuar no wifi.

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  2. Alagada em meu proprio choro ainda é pouco pra definir como eu estou aqui! Serio! Chorei de mais mal consegui ler essa partezinha do final de tao embassados que meus olhos estao!
    Mel fofa se declarando pro harry no final! Espero que o Harry realmente nao decepcinone a Mel! Porque do jeito que ele se comportou no ultimo capitulo( do qual eu nem comentei, desculpa mas eu tava tao ocupada que eu so li hj os dois) na festa eu to meio desconfiada que ele faça algo...
    Ate o proximo

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    1. Eu também fico emocionada com histórias assim, te entendo.
      Foi muito fofo mesmo. Se ele fizer isso, anote aí, eu vou pessoalmente até Londres para dar uns tabefes nele.
      Até, bjbj.

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