Blame - 45º Capítulo

02:18 AM

- Ah, ótimo... Eu quase já fui preso por estar “envolvido” com o assassinato de um aluno e agora eu certamente vou ser porque fui seu “cumplice”. – O moreno falou ligeiramente irritado.

- Fique quieto, seu imbecil! Por que não me avisou antes? Por que só me avisou quando a merda já estava feita? – Logan gritou. A adrenalina percorria por cada parte de seu corpo magro e esguio. 

Zayn percebeu a fúria lentamente começar a invadi-lo. Suas sobrancelhas arquearam-se. Seus olhos estreitaram-se. Sua boca comprimiu-se. E então ele pode sentir a raiva tomar posse de seu corpo.

- Vamos! Eu fiz perguntas! – O rapaz balbuciou.

- E agora você vai ouvir as respostas. E eu não quero que você grite comigo novamente, entendeu? Já cansei de ser sua marionete, Logan. Não esqueça que eu te tenho na palma da mão. Se eles souberem que você está de volta... 

- Você não faria isso. – Logan interviu. Ele sentia sua garganta secar aos poucos.

- Não? – O moreno perguntou ironicamente com um sorriso de cafajeste. – O que ela ia pensar de você quando soubesse que... 

- Já chega! – Ele fitou-o com incerteza. Pela primeira vez, percebia-se que o rapaz estava vulnerável. – Ou o próximo pode ser você. – Então, ele movimentou a mão esquerda em direção ao rapaz. Zayn encarou-a. 

A arma.

03:09 AM

- Sim, aqui é Harry Styles. – Enquanto a voz do policial falava o rapaz ficava aflito. – U-um corpo? Não pode ser... – Disse em negação. – Estou indo. 

A ligação foi finalizada. Sua visão embaçou. Seu corpo fraquejou. E ele podia ouvir um zumbido em seus ouvidos. 

- Harry? 

- O Louis. Ele... Foi baleado. – Disse com a respiração entrecortada. 

04:17 AM

Quando abriu seus olhos sentiu uma vibração interna dentro de si que a dizia que algo estava errado. Algo estava muito errado. Esperou um calafrio, mas ele não veio. Levantou-se da cama e ligou a luz de seu quarto. Intacto. Só então pode sentir que nada estava errado com ela, era muito pior que isso.

Pegou seu celular e automaticamente seus dedos foram parar em um contato. Ao terceiro toque pôde-se ouvir uma voz urrar.

- Sim? - Era óbvio que ela tinha acordado com a ligação.

- Nicoly, bem... Você soube de algo que envolvesse o... Louis? - Perguntou com o desejo da verdade.

- Não essa semana. Por quê? - Disse preocupada. 

- Nada, eu só... Não sei, acordei com a sensação de que algo estava errado. 

- E você pensou nele? Ás 4 da manhã? Por favor... Só me deixe... Dormir. - A morena tinha tido um longo dia, estava cansada, sua voz passava essa mensagem.

- Tudo bem. Bons... Sonhos.

04:57 AM

Suas pálpebras estavam dilatas. Sua boca seca. Olheiras profundamente evidentes. Notava-se claramente que o rapaz não tinha tido uma boa noite de sono.

O quarto em um tom de azul claro rodeava-o. Aparelhos estranhos, monitores que exibiam resultados que pareciam ser escritos em outra língua. E, por fim, o mais doloroso, seu melhor amigo inconsciente em uma cama de hospital. 

A cada quinze minutos uma enfermeira nova passava pela porta branca. "Algum sinal?", cada uma delas dizia a mesma sentença. Eram como se tivessem sido programadas, e, consequentemente, não as importasse a resposta.

Mas, naquele momento, quem entrou naquele quarto sem vida, não foi uma das enfermeiras, foi a pessoa mais especial que ele já havia conhecido.

- E então? - Disse calmamente. 

- Ele não teve nenhuma reação. Bem, ao menos, não até agora. - Desviou a atenção de seus olhos penetrantes. Aqueles que sempre lhe passavam certeza. Sempre lhe davam apoio. Sempre estavam lá, não importa o que acontecesse.

- Eu sinto muito, querido. - Deu mais alguns passos e envolveu-o em seus braços. - Ele é forte, vai aguentar.

- O problema é que eu não aguento. Não posso perder duas pessoas em tão pouco tempo. - O rapaz olhou-a com um sorriso triste.

- Dois? - Anne olhou-o piedosa. 

- O meu melhor amigo e... A minha irmã mais nova. - Desvencilhou-se de seus braços e seguiu até a cadeira onde estava anteriormente.

- Meu pai me ensinou que, a dor é um sentimento que é tão complexo quanto simples. Complexo, porque ela faz com que você se perca de si mesmo, e simples, porque apenas você pode escolher mostrar isso ou não.

05:28 AM

- Niall? - A moça chamou por seu nome, mas não ouviu resposta por um longo período de tempo.

- Estou aqui. - Sua expressão era cansada. - Vamos para o carro, tenho que te contar uma coisa. - O rapaz disse e ela o seguiu até seu Lifan 530 recém comprado.

- O que houve? Por que me chamou aqui? - Sua voz exalava preocupação.

- Nicoly, eu confio em você e espero que você esteja certa disso quando eu lhe contar o que tenho a dizer. E isso precisa ser mantido como um segredo, ok? - Ela assentiu. - Ahm, bem... Já era um pouco tarde e eu estava andando voltando de um pub que eu sempre frequento, e então eu... Ouvi um barulho. Parecia ser um tiro e... Vinha de uma rua bastante mal iluminada. Enfim, eu fui até lá. E eu vi um corpo no chão e dois caras discutindo algo. E... Eu tenho certeza que um deles era o Malik.

06:41 AM

- E eu só te liguei pra dizer que não preciso mais da sua ajuda. Não vou voltar para sua casa. E... Espero não te ver novamente. - Logan disse antes da ligação ser rompida.

- Bom... - Ela sorriu. - Agora somos só nós dois. - Falou antes de ir em direção ao rapaz que a olhava com um sorriso malicioso.

- Como sempre foi. - Disse em resposta.

Olá! Desculpem por ter parado de postar, eu sei que faz mais de um mês que vocês não tem um capítulo novo de Blame, e sinto muito por isso. Ahm, bem... Tentarei postar com mais frequência. Eu estava sem tempo e sem criatividade para continuar, mas enfim... O que acharam da discussão do Zayn e do Logan? Como vai ficar o Louis? E o Harry? O que acharam da revelação do Niall? E sobre essa última conversa misteriosa?